INCÊNDIOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA:
ESTIMATIVA DA EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA
PELA
QUEIMA DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS DE RORAIMA NA
PASSAGEM DO EVENTO "EL NIÑO"
(1997/98)
Reinaldo
Imbrozio Barbosa
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INCÊNDIOS
NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: ESTIMATIVA DA EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA PELA
QUEIMA DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS DE RORAIMA NA PASSAGEM DO EVENTO "EL
NIÑO" (1997/98)
Resumo
Foi estimada a área queimada, a biomassa vegetal total acima e abaixo
do solo, a formação de carvão, a eficiência de queimada e a concentração de
carbono de diferentes paisagens naturais e agroecossistemas que foram
atingidos pelos incêndios ocorridos durante a passagem do "El Niño"
em 1997/98 no Estado de Roraima, extremo norte da Amazônia Brasileira. O
objetivo foi o de calcular a emissão bruta de gases do efeito estufa liberados
por combustão das diversas classes de biomassa que compõem cada tipo
fitofisionômico atingido. A área total efetivamente queimada foi estimada entre
38.144-40.678 km2, sendo 11.394-13.928 km2 de florestas
primárias (intactas, em pé) e, o restante, de savanas (22.583 km2),
campinas / campinaranas (1.388 km2) e ambientes florestais já
transformados como pastagens, área agrícolas e
florestas secundárias (2.780 km2). O total de carbono afetado pelos
incêndios foi de 27,26 milhões de toneladas, sendo que 20,93 milhões foram
liberados por combustão, 5,90 milhões seguiram para a classe de
decomposição e 0,43 milhões foram depositados nos
sistemas na forma de carvão (estoque de longo prazo). A emissão bruta de gases
do efeito estufa, em milhões de toneladas do gás, considerando apenas o emitido
por combustão foi de 18,34 de CO2,
0,21-0,36 de CH4, 2,16-3,90 de CO, 0,002-0,003 de N2O,
0,06-0,10 de NOx e 0,26 de NMHC. O total de carbono equivalente a CO2
emitido por combustão, quando considerado o potencial de aquecimento global de
cada gás em um horizonte de tempo de 100 anos utilizado pelo IPCC, foi de
17,9-18,3 milhões de toneladas.
Palavras-chave:
incêndios florestais, carbono, Amazônia, Roraima, efeito estufa, El Niño.
FIRES IN THE BRAZILIAN AMAZON: ESTIMATE OF GREENHOUSE GAS EMISSIONS FROM THE BURNING OF SEVERAL ECOSYSTEMS IN RORAIMA DURING THE "EL NIÑO" (1997/98)
Abstract
The area burned, total biomass above and below-ground, charcoal formation, burning efficiency and the carbon concentration were estimated for the different natural landscapes and agricultural systems that were exposed to fire during the "El Niño" of 1997-98 in the state of Roraima, in the northernmost part of Brazilian Amazonia. The objective was to calculate the gross emissions of greenhouse gases released by combustion from the several biomass classes comprising each landscape type. The total area burned was 38,144-40,678 km2, of wich 11,394-13,928 km2 was intact primary forest, 22,583 km2 was savanna, 1,388 km2 was white sand scrub formations, and 2,780 km2 was pastures, secondary forest and agricultural plots. Total carbon affected by the fire was 27.26 × 106 tons (t), with 20.93 × 106 t being released from combustion, 5.90 × 106 t from decomposition, and 0.43 × 106 t entered as charcoal (long-term carbon storage) formed during the burns. Gross emissions of greenhouse gases emitted by combustion close were 18.34 × 106 t CO2, 0.21-0.36 × 106 t CH4, 2.16-3.90 × 106 t CO, 0.002-0.003 × 106 t N2O, 0.06-0.10 × 106 t NOx and 0.26 × 106 t NMHC. The total emission in carbon equivalent to CO2 emitted by combustion, when considered at the global warming potentials for each gas over the 100-yr horizon used by the IPCC, was 6.6-7.7 × 106 t.
Key- words: forest fires, carbon, Amazônia, Roraima, greenhouse effect, El Niño.
Introdução
Incêndios
florestais de grandes proporções em regiões com elevada umidade na Amazônia
poderiam ser considerados como eventos raros, sendo que poucas pessoas teriam
dado crédito a esta idéia há pouco tempo atrás
(Uhl et al, 1988;
Kauffman, 1991; Nelson & Irmão, 1998). Entretanto, entre o final de
1997 e o início de 1998, ocorreram incêndios que penetraram não só em florestas
primárias como também em outros diferentes tipos de ecossistemas do Estado de
Roraima, situado no extremo norte da Amazônia Brasileira (Barbosa, 1998a,b,c;
IBAMA, 1998; INPE, 1998, 1999a). Fogos em eco-regiões como savanas e sistemas
florestais transformados (capoeiras, pastagens e desmatamentos), que
tradicionalmente queimam neste período, se alastraram por milhares de
quilômetros quadrados e atingiram uma grande área de floresta primária
(intacta, em pé), provocando a morte de
árvores e a emissão de milhões de toneladas de gases do efeito estufa para a
atmosfera. A enorme proporção do fogo foi creditada, principalmente, à estiagem provocada pelo
forte fênomeno "El Niño" do biênio 97/98. Entretanto, o grande fogo
ocorrido em Roraima não deve ser visto como um evento ocasionado exclusivamente
por este efeito climático. Mais do que isto, ele deve ser visto como uma série
de fatores que agiram simultaneamente onde, o "El Niño", foi um
maximizador de agentes pré-existentes que ocasionaram a queima de grandes áreas
de florestas em Roraima. Na verdade, a probabilidade deste risco ocorrer ao
longo do tempo pode ser esperada a aumentar devido a
pressão de assentamentos humanos em áreas de floresta por toda a Amazônia,
amplificados pelo incremento nas atividades de exploração florestal,
agricultura de corte e queima e conversão de florestas primárias em pastagens,
todos incrementando a vulnerabilidade das florestas adjacentes (Kauffamn et
al., 1988; Negreiros et al., 1996; Nepstad et al., 1998;
Nepstad et al., 1999).
Devido ao
recente interesse e as poucas oportunidades de observações em grandes áreas
contínuas, são raros os estudos que tentam avaliar os riscos de
susceptibilidade de incêndios na Amazônia provocados por algum tipo de
desequilíbrio climático e/ou antrópico. Pelo mesmo motivo, não existem
investigações que se reportem a liberação de gases do
efeito estufa provocados por incêndios desta natureza. Com o crescimento das
atividades humanas na Amazônia, há necessidade de se aumentar o volume de
informações sobre os impactos climáticos futuros que este tipo de evento pode
acarretar ao nível regional e global. Pensando nisto, nós objetivamos calcular
a emissão de gases do efeito estufa, provocada pelos incêndios de Roraima em
diferentes tipos de sistemas naturais e agroecossistemas que sofreram a ação do
fogo entre 1997 e 1998. Para fazer os cálculos nós estimamos os seguintes
parâmetros: (a) a área de cada sistema natural e agroecossistema atingido,
(b) a biomassa vegetal total (acima e abaixo
do solo) por unidade de área, (c) a mortalidade arbórea devido ao fogo, (d) a
formação de carvão nos sistemas atingidos, (e) a eficiência de queimada para as
diferentes classes vegetais que compõe cada sistema e (f) a concentração de
carbono em cada uma destas classes.
Descrição
Geral de Área
Roraima é um dos
antigos territórios federais transformados em estado da federação pela
Constituição Federal de 1988, situado no extremo norte da Amazônia brasileira.
Entre 1980 e 1998, a população local triplicou, passando de 82.018 para 260.705
habibantes (IBGE, 1999). A explosão migratória deste período foi incentivada
pelo próprio poder público local em três grandes fases: (a) ao final da década
de 1970, com apoio do Governo Federal, dentro do Programa de Pólos da Amazônia
(POLOAMAZÔNIA), sub-programa POLORORAIMA, (b) ao final
da década de 1980, quando da transformação do território em estado, através do "boom" mineral em terras
indígenas Yanomami e (c) ao início dos anos 1990 dentro dos programas estaduais
de recrutamento de migrantes em outras regiões do país com problemas fundiários
(Barbosa, 1993). O crescimento populacional provocou um aumento de 55,6 vezes
na área total de florestas desmatadas,
passando de 100 km2 em 1978 para 5.560 km2 em 1997
(INPE, 1999b).
A vegetação
natural de Roraima é um mosaico de paisagens que vão de savanas (nordeste) a florestas (sul e oeste),
passando por diferentes tipos de sistemas oligotróficos como campinas e
campinaranas no centro-sul do estado (Silva, 1997). A precipitação
pluviométrica anual é variável e pode se estabelecer em um gradiente que vai de
1.000mm (extremo nordeste das savanas) até 2.300 mm (regiões sul e extremo
oeste) (Barbosa, 1997). A localidade com maior volume de dados climáticos é a
da capital Boa Vista. Sua média anual de precipitação é de 1.614 mm (1910 a
1995). Entre setembro de 1997 e março de 1998, a precipitação foi de apenas
30,6 mm nesta região, quando o esperado pela média histórica do mesmo período
seria de 352 mm (DEFARA/INMET, 1999). A umidade relativa do ar (%) ficou abaixo
dos 60% entre fevereiro e março de 1998 (MAA/INMET, 1998).
Área dos
Sistemas Naturais e Agroecossistemas Atingidos
Área Original
Para determinar
a área total atingida pelo fogo, dimensionamos a área original de todas as
fitofisionomias originais existentes em Roraima. Utilizamos como base uma
digitalização do Mapa de Vegetação da Amazônia na escala de 1:2.500.000
(SUDAM/IBGE, 1989), porque esta base usa a classificação tipológica padrão da
vegetação brasileira descrita em IBGE (1992). Após a determinação macroespacial
dos tipos que fazem parte do cenário regional, todo o conjunto foi escaneado e
codificado por cores para facilitar a medida de área original. Baseado em
observações de campo e no Mosaico de Imagens de Satélite LANDSAT TM
(1:1.000.000) (SENAGRO/ITERAIMA, 1996), realizamos ajustes e modificações no
mapa digitalizado, devido a algumas incorreções existentes, como por exemplo
campinas denominadas como savanas ou florestas densas definidas como contatos.
Com auxílio do IDRISI (Eastman, 1995), um programa de computador que analisa
dados de informação geográfica para classificação espacial (no caso, tons de
cores), estimamos o número de “pixels” de cada tipo de
vegetação e, proporcionalizamos a área de cada feição vegetal, considerando a
área total de Roraima como 225.116,1 km2.
Para estimar a
área líquida presente em 1997/98 por tipologia original, foi necessário fazer
dois tipos de descontos nas áreas calculadas: (a) das áreas antropizadas
(rurais e urbanas) e (b) dos cursos d'água (principais rios). As áreas rurais
foram quantificadas em função dos resultados alcançados pelo INPE (1999b) para
áreas desmatadas até 1997 e, atualizadas até 1998 pela média da área anual de
desmatamentos ocorridos entre 1992/97. A distribuição das áreas desmatadas em
pastagens, agricultura e capoeiras (florestas secundárias) até 1997/98, foi
proporcionalizada em função de uma composição média de quatro resultados: (a) censo agropecuário de 1985 (IBGE, 1985),
(b) censo agropecuário de 1995/96 (IBGE, 1995-96), (c) Fearnside (1996) para as três paisagens
equilibradas no ano de 1990 e (d) o resumo dos diagnósticos dos assentamentos
do INCRA em Roraima de 1998/99 (Luz, 1999). As áreas determinadas para as três
categorias antropizadas foram subtraídas de cada eco-região-florestal a que
pertenciam, proporcionalmente ao número de quilômetros lineares de
estradas/vicinais existentes em cada sistema, assumindo uma relação direta
entre estradas e áreas desmatadas. As áreas antropizadas urbanas foram
computadas através da extrapolação do número de "pixels" médios
contidos em cada sede municipal. Do mesmo modo que as rurais, foram descontadas
de cada tipo paisagístico onde a cidade se encontra. Para estimar a área dos
principais cursos d'água, utilizamos o mesmo procedimento para o cálculo das
unidades tipológicas.
Área Queimada
Para o cálculo
da área atingida pelo fogo por tipologia florestal e oligotrófica,
digitalizamos as coordenadas geográficas obtidas em 16,5 horas de sobrevôos por
Barbosa (1998b) no Sistema de Informação Geográfica (SGI/INPE, versão 7.0)
utilizado pela Secretaria Executiva do Zoneamento Ecológico-Econômico de
Roraima (ZEE/RR). Estes pontos geográficos sofreram adições e correções em seus
limites originais em função de nossos ajustes de campo e dos relatórios
parciais apresentados pelo INPE (1998; 1999a) em função da análise por imagens
dos satélites LANDSAT TM e DMSP. Feito isto, se estabeleceram três blocos de
queima distribuídos ao longo da orla florestal que envolve a região de savanas
de Roraima. Estes blocos de queima representavam as grandes divisões regionais
onde o fogo estava presente: (a) Bloco 1: setor leste, entre a margem esquerda
dos rios Branco e Tacutu (Cantá - RR 170 - Rio Anauá),
(b) Bloco 2: setor oeste; entre a margem direita dos rios Branco e Uraricoera
(Caracaraí - Rio Uraricoera) e (c) Bloco 3: setor norte; entre a margem
esquerda do rio Uraricoera e a direita do rio Tacutu (Ilha de Maracá -
Pacaraima). Além disto, eles foram subdivididos em zonas de intensidade de
queima florestal para indicar as diferenças existentes em cada uma destas
subdivisões e, o tratamento diferenciado que cada uma delas deveria sofrer: (a)
alta intensidade: mais de 50% das áreas florestadas atingidas, (b) média
intensidade: entre 5 e 50% e (c) baixa intensidade: abaixo de 5%, mas com
algumas alternâncias.
Os blocos de
queima foram dispostos sobre a base fitofisionômica montada a partir do mapa da
SUDAM/IBGE (1989) para estimar a área atingida pelo fogo por cada tipo
florestal e oligotrófico (campinas e campinaranas). A área atingida
representava a área total onde o fogo estava presente (Fig 1). Entretanto, para
os sistemas florestais, foi necessário realizar descontos (antropismos, cursos
d’água, outras paisagens não-queimadas, etc)
para evitar sobreposições e/ou contabilização de ambientes que não
queimaram. Além disto, a área de florestas (já descontada) também teve que
sofrer um ajuste em função da intensidade de queima onde ela se encontrava.
Isto foi devido ao comportamento diferenciado do fogo em cada uma das zonas de
intensidade. Para isto, nós definimos um fator de queima para cada uma das
áreas em função de fotografias aéreas obtidas nos sobrevôos realizados durante
e após os incêndios. Embora com baixa qualidade e representando uma pequena
extensão, este foi o meio que encontramos para não provocar maiores distorções
do que aquelas já naturalmente existentes em um estudo desta magnitude. Por
esta metodologia, a área efetivamente queimada de florestas (área onde o fogo
realmente provocou algum tipo de dano no sistema) foi de 11.394 km2
(Tabela 1).
*** Figura
1 ***
Pelo alto grau
de incertezas devido ao fogo superficial que não provocou estresse nas copas
das árvores de algumas localidades e, portanto, não foi detectado pelas fotografias
aéreas e nem pelas imagens de satélite, nós adotamos um intervalo de área
queimada para efeito do cálculo das emissões de gases. Este intervalo foi
formado pelo valor acima calculado e, pelo uso do fator de queima observado
pela equipe de trabalho terrestre do IBAMA (1998), que registrou a porcentagem
de 80,9% de área florestal com algum tipo de dano (efetivamente queimada) pelo
fogo, independente da intensidade do incêndio. Logo, aplicando esta porcentagem
sobre o total de área atingida, determinamos
que o intervalo para área efetivamente queimada se estabeleceria entre
11.394-13.928 km2 ou, entre 7,4% e 9,0% de toda a área florestada
presente. A título de cálculo das emissões, usaremos o valor médio deste
intervalo.
*** Tabela
1 ***
Nossa estimativa
atual esta acima dos primeiros resultados alcançados por Barbosa (1998a,b) em
sobrevôos nas regiões atingidas (7.800-9.200 km2) e, pelo INPE
(1999) a partir de imagens de satélite LANDSAT / TM (11.730 km2). No
primeiro caso, várias áreas deixaram de ser quantificadas devido à limitação da
cobertura aérea e, no segundo, o limite se deu devido a
qualidade das imagens e a impossibilidade de detecção de fogos superficiais,
sem estressamento da cobertura foliar das árvores. Entretanto, em qualquer das
estimativas citadas, os valores são sempre superiores a
área total já desmatada em Roraima até 1997
(5.560 km2) e muito
acima das estimativas anunciadas anteriormente pelo governo para o evento
(3.000 km2) (BRAGA, 1998).
Quanto ao
procedimento para determinar a proporção de área queimada de ambientes
antrópicos florestais (pastagens, capoeiras e cultivos agrícolas), realizamos quatro (4) transectos terrestres
distribuídos nas zonas de impacto do fogo (descritas acima): (a) transecto 1
(médio impacto): 147 km lineares entre a região do Cantá e a Vila União (RR
170), (b) transecto 2 (baixo impacto): 76 km lineares entre as Vilas Novo
Paraíso (BR 174/210), Martins Pereira, Moderna e fechando novamente com Novo
Paraíso, (c) transecto 3 (médio impacto): 60 km lineares entre Mucajaí e a
divisa intermunicipal de Iracema e Caracaraí e (d) transecto 4 (alto impacto):
64 km lineares entre a vicinal 1 do Apiaú, vicinal 9, travessão da 9, Ribeiro
Campos e vicinal 7. Em cada um destes transectos nós
quantificamos o número de lotes antropizados por categoria e por sua condição:
"queimado" ou "não-queimado". Feito isto, estimamos a
porcentagem média de área queimada por zona de impacto de fogo nestes ambientes
florestais transformados. Dos 5.776 km2 de áreas antrópicas
presentes em Roraima até 1998 (já incluido 220 km2 de novos
desmatamentos), calculamos que 48,1% (2.780 km2) haviam sido
efetivamente queimadas. Os maiores fatores de queima foram determinados para as
regiões localizadas nas zonas de alta intensidade de fogo, para capoeiras
(73,7%) e pastagens (62,7%). O menor
fator foi encontrado para áreas de cultivo agrícola nas regiões de baixa
intensidade (15,4%).
Para os sistemas
oligotróficos, as estimativas alcançaram um total de 1.388 km2 de área
queimada, levando em consideração os procedimentos adotados anteriormente. Para
o cálculo da área total queimada nas savanas, o procedimento foi descrito em
Barbosa (1998b) e, leva em consideração as medidas realizadas entre julho de
1997 e junho de 1998 nos transectos estabelecidos ao longo de 540,1 km lineares
de estradas que cortam todas as principais fisionomias de savanas de Roraima. A
área queimada desta paisagem totalizou 22.583 km2. Um resumo das
áreas originais e das efetivamente queimadas por tipologia vegetal é dado na
Tabela 2.
*** Tabela
2 ***
Biomassa
Vegetal Total Original
Biomassa Presente
O procedimento
de cálculo para a maioria das eco-regiões florestais
(densas e não-densas), foi baseado no método de expansão de volume (m3/ha)
em biomassa (t/ha) de Brown & Lugo (1992), ajustado pelo método de
Fearnside (1992). Para Roraima, este método sofreu ajustes nas categorias
"biomassa morta acima do solo" e "biomassa abaixo do solo".
Para estes dois itens, foram adicionados novos estudos aos anteriormente
adotados por Fearnside (1992), como por exemplo os da Ilha de Maracá (Scott et
al., 1992; Thompson et al., 1992; Nascimento, 1994, Villela, 1995)
e, descartados outros que não se enquadravam nas características de fisionomia
vegetal existentes em Roraima. Os dados volumétricos (m3/ha) em
escala regional foram obtidos dos volumes 8, 9, 10, 11, 14 e 18 do RADAMBRASIL
(1975-1978), que abrange toda a região (e vizinhanças) onde esta
localizado o Estado de Roraima. Portanto, possuindo tipos fisonômicos
semelhantes. A biomassa média total (ponderada) para todas as florestas densas
foi de 320 t/ha e, para as florestas não-densas foi de 279 t/ha (Tabela 3). Em
ambos os casos, há uma redução de 25% e 34%, respectivamente, em relação aos
valores apresentados por Fearnside (1997b) para estimativas das emissões de
carbono por desmatamento em Roraima no ano de 1990.
***Tabela 3
***
Para os sistemas
não-florestais oligotróficos (campinas e campinaranas), além dos dados de
volumetria do RADAMBRASIL, também fizemos uso dos estudos existentes em
eco-regiões similares na Venezuela (Bongers et al., 1985; Klinge &
Herrera, 1983) e de um trabalho realizado no sul de Roraima por uma equipe da
Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical do INPA em 1992 (Niro
Higuchi, comunicação pessoal). Os valores de biomassa total variaram de 52 t/ha
a 117 t/ha para estes sistemas. As demais eco-regiões
não-florestais (savanas), foram ajustados através dos estudos de R.I.B. que
estão sendo realizados desde 1994 para determinação da emissão de gases do
efeito estufa pela queima de savanas na Amazônia. Para a obtenção da biomassa
abaixo do solo em sistemas de savanas, utilizamos as proporções obtidas por
Castro & Kauffman (1998) em cerrados do Brasil Central. No geral, a biomassa
total (acima e abaixo do solo) destes sistemas variou de 13-95 t/ha dependendo
da proporção de árvores presente em cada ambiente.
A estimativa da
biomassa pré-existente nos sistemas antrópicos foi realizada da seguinte forma:
(a) pastagens: utilizamos a média simples entre duas pastagens (7 e 9 anos de
idade) estudadas na região do Apiaú, em Roraima, por Barbosa & Fearnside
(1996). No resultado de biomassa viva acima do solo, consideramos o somatório
da massa do capim e da massa das pequenas ervas não-lenhosas. Para a biomassa
morta acima do solo, consideramos o mesmo estudo e determinamos a média de toda
a massa dos resíduos florestais encontrados nas duas pastagens. Para a biomassa
abaixo do solo, consideramos as proporções médias existentes nos outros
sistemas transformados para determinar a porcentagem em relação à massa viva
acima do solo; (b) capoeiras (florestas secundárias): utilizamos os resultados
obtidos por Fearnside et al. (sd) em uma derrubada de capoeira com 6
anos de idade na região do Apiaú, Roraima; (c) cultivos agrícolas: estimamos
como o mesmo valor determinado por Fearnside (1997a) para biomassa viva acima
do solo e, admitimos o mesmo resultado
proporcional (viva/morta) para biomassa morta acima do solo nas pastagens da
região do Apiaú, em Roraima; (d) desmatamento 1998: consideramos como a
biomassa presente no ato da derrubada (antes da queimada); este valor foi
estimado como uma ponderação (em função da área) de todos os outros tipos
florestais que sofrem a ação do desmatamento em Roraima. O resultado para
biomassa total nestes sistemas foi de 89 t/ha (pastagens), 166 t/ha
(capoeiras), 69 t/ha (cultivos agrícolas) e 314 t/ha (áreas recentemente
desmatadas).
Biomassa Arbórea Florestal Morta
pela Ação do Fogo
Para o levantamento
da biomassa morta nas unidades fitofisionômicas florestais
realizamos investigações pós-fogo em três regiões atingidas pelos
incêndios: (a) Apiaú/Ribeiro Campos, (b) Trairão/Tepequém e (c) Paredão, todos
dentro da fisionomia ON (área de tensão ecológica e contato floresta ombrófila
/ floresta sazonal), que foi a mais atingida dos sistemas florestais. Para as
espécies arbóreas acima de 10cm de diâmetro à altura do peito (DAP),
estabelecemos sete transectos de 750m2 cada um, sendo três na
primeira localidade, três na segunda e um na terceira. Cada transecto foi
dividido em 6 quadras de 125m2 (5m x 25m), separadas por uma
distância de 20m. Em cada quadra nós medimos o DAP de
todos os indivíduos mortos (câmbio seco e/ou copa com folhas secas) e aplicamos
a fórmula geral de determinação de biomassa (peso fresco) de árvores de
florestas tropicais indicada por Carvalho et al. (1995) e Higuchi et
al. (1997; 1998). O valor foi ajustado para peso seco (t/ha) seguindo as
recomendações dos referidos autores. Com isto, nós alcançamos o resultado de
5,8 t/ha para os 2.173 indivíduos mortos com DAP abaixo de 10cm e 17,4 t/ha
para os 46 indivíduos mortos com DAP acima de 10cm (Tabela 4).
*** Tabela
4 ***
Estes valores
são similares aos 16,1 t/ha determinados para indivíduos mortos acima de 10cm
de DAP, apresentado por Santos et al. (sd) na região do Apiaú e, com o
levantamento de mortalidade de indivíduos que as equipes do IBAMA realizaram em
5 regiões afetadas pelos incêndios; média de 50 indivíduos mortos/ha com DAP acima
de 10cm, incluindo palmeiras (IBAMA, 1998). Contudo, a
variação dos valores distribuídos pelas classes diamétricas e localidades
reflete uma grande variação entre as regiões avaliadas, apesar de todas
serem classificadas na mesma categoria florestal (ON). Em relação a outros
estudos realizados em situações semelhantes, nosso valor porcentual para
mortalidade de indivíduos (7,9%) é 5,5 vezes inferior aos 44% determinado para
áreas queimadas de florestas derivadas de corte seletivo em Paragominas (Holdsworth
& Uhl, 1997) e, 7,6 vezes menor que os 60,3% de mortalidade média
encontrada 8 meses do pós-fogo em 4 localidades também do município de
Paragominas, Pará, em áreas de floresta já pertubadas (Kauffman, 1991). Em
termos de biomassa arbórea total morta acima do solo, nossos valores
representam menos da metade das 50 t/ha de massa morta por um incêndio leve
(área queimada apenas uma vez) constatado ao sul da cidade de Tailândia, Pará
(Cochrane & Schulze, sd). Embora hajam diferenças
entre as estruturas florestais naturais e aquelas já pertubadas pela ação
antrópica, as comparações acima relatadas sugerem que uma avaliação pós-fogo
nas circunstâncias de Roraima não deveria ser realizada apenas para investigar
os impactos instantâneos que o incêndio provoca na floresta. Dramática
troca de biomassa e número de indivíduos mortos, mesmo em sistemas pouco
atingidos, devem ser observados e comparados com melhor exatidão em
investigações de longo prazo.
A biomassa
arbórea morta abaixo dos 10cm de DAP foi estimada através da contabilização dos
indivíduos (mortos e vivos) em 2 transectos de 375m2 cada (3 quadras
de 125m2) estabelecidos na localidade do Apiaú/Ribeiro Campos. Os
indivíduos foram divididos em duas categorias: (a) menor que 5cm de DAP
(incluindo todas as mudas e rebentos de diferentes alturas) e (b) entre 5-10cm
de DAP. O cálculo da biomassa destas duas categorias foi
estimada em função da proporção existente entre o número de indivíduos
presentes (mortos e vivos) e os valores determinados para biomassa abaixo de
10cm de DAP encontrados nas estimativas realizadas para biomassa total por
tipologia florestal, descrita acima.
Formação de
Carvão
O carvão formado
pela passagem do fogo nos sistemas florestais primários foi estimado pelo
estabelecimento de 20 quadras de 1m2 cada, na localidade do
Apiaú/Ribeiro Campos. As quadras foram distribuídas da seguinte forma: (a) 11 onde o fogo foi considerado de alta intensidade, (b) 5 em
ambientes com danos de média intensidade e (c) 4 em ambientes com danos de
baixa intensidade. Em cada quadra foram coletadas todas as peças de carvão que
se encontravam sobre o solo. Foram determinados o peso úmido e, posteriormente,
o peso seco (em estufa a 105oC até peso constante) por unidade de
área. Nós ponderamos os valores encontrados por intensidade de queima para se
estabelecer um resultado médio para toda a área queimada e por bloco de queima.
O resultado médio foi de 229,7 kg de carvão formados por hectare atingido pelo
incêndio nas áreas florestais. (Tabela 5). Este valor é , em média,
0,089-0,104% da biomassa total acima do solo existente nas florestas (densa e
não-densa) de Roraima e, difere substancialmente dos valores encontrados para
queima de sistemas transformados como pastagens (0,025% a 0,038%), capoeiras
(0,006% a 0,020%) e desmatamentos recentes (0,019%) (Barbosa & Fearnside,
1996; Fearnside, 1997a,b; Fearnside et al., sd).
***Tabela 5
***
Eficiência
de Queimada
A eficiência de
queimada para as categorias vegetais que compoem as fisionomias florestais que sofreram
a ação do fogo foi decomposta em três grupos: (a) litter fino: folhas e
gravetos inferiores a 2cm de diâmetro caídos sobre o chão da floresta, (b)
litter grosso: troncos e galhos mortos sobre o solo com diâmetro acima de 2cm e
(c) outros componentes: demais categorias vegetais que não se enquadram dentro
de litter e também não são árvores. As estimativas percentuais de eficiência de
queimada foram baseadas na média das medidas realizadas por Uhl et al.
(1988) em uma queima experimental em São Carlos (Venezuela) e com os dados das
equipes das localidades do Trairão e do Roxinho que compunham o grupo do IBAMA
que realizou o levantamento terrestre (IBAMA, 1998). Os maiores e os menores
valores foram distribuídos entre as zonas de intensidade de queima florestal e,
em média, se estabeleceram entre 4,5% para o litter grosso na baixa intensidade
e, 97,6% para o litter fino na alta intensidade (Tabela 6). Para as categorias
vegetais que compõe as savanas, foram utilizados os dados dos estudos que
R.I.B. esta realizando desde 1994 nas áreas abertas locais. Os valores foram
aglutinados em uma única categoria de intensidade de queima e variaram de 28% a
94,6%, dependendo da classe de biomassa a que se reportava. Para ambientes
antrópicos os números se estabeleceram entre 11,9% e 97,6%.
**** Tabela
6 ***
Concentração
de Carbono
A concentração
de carbono (% C) nas categorias vegetais de sistemas florestais foi estimada
através das medidas realizadas por Barbosa & Fearnside (1996) e Fearnside et
al (sd) em peças de madeira e outros elementos florestais encontrados em
pastagens e capoeiras da região do Apiaú em Roraima. Para a determinação da
concentração em categorias componentes das savanas, nós estamos utilizando os
resultados obtidos por R.I.B. em seus estudos sobre emissão de gases pela
queima e decomposição de savanas em Roraima. Os resultados variaram de 32,3% C
para litter de savana gramíneo-lenhosa até 64,4% C para carvão encontrado em
diferentes ambientes (Tabela 7).
*** Tabela
7 ***
Destino do
Carbono Afetado pelo Fogo
A massa total de
carbono afetada pelos incêndios em Roraima entre 1997/98 foi de 24,97 milhões
de toneladas de carbono (t C) e seguiu três caminhos diferentes: (a) emitido
instantânemente para a atmosfera pela ação da combustão nos componentes
vegetais: 20,15 milhões de t C ou 80,7% do total, (b) estocado na forma de
carvão sobre o solo dos sistemas atingidos: 0,49 milhões de t C ou 2,0% e (c)
material vegetal morto pelo fogo (principalmente árvores) em processo de
decomposição: 4,33 milhões t C ou 17,3% (Tabela 8). Do total de carbono
afetado, 60,6% (15,13 milhões de t C) foram atribuídos aos sistemas florestais
primários que sofreram a ação do fogo. Os sistemas de menor contribuição foram
os oligotróficos (outros sistemas não-florestais) com 2,8% do total afetado
(0,7 milhões de t C).
*** Tabela
8 ***
Emissões Brutas de Gases do Efeito Estufa
Para estimar a
quantidade de gases do efeito estufa (CO2, CH4,
CO, N2O, NOx e NMHC) emitidos para a atmosfera, adotamos o
método de Fearnside (1997a,b), utilizando o potencial de aquecimento global do
Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC) em um horizonte de tempo de
100 anos (Albritton et al., 1995), sem os descontos de sequestros de
carbono da atmosfrea pela biota terrestre. Este método diferencia dois cenários
de emissão de gases-traço diferentes de CO2: (a) baixo cenário
(baixa emissão de gases-traço) e (b) alto cenário (alta emissão de
gases-traço). Por ser um fato novo, não produzimos nenhuma estimativa baseada
na liberação líquida de gases pela decomposição do material vegetal morto nos incêndios ou mesmo pelo
sequestro de carbono por sumidoros artificiais ou naturais. Portanto, nossos
cálculos não se reportam ao balanço anual do evento ou às emissões líquidas
comprometidas, mas sim a emissão bruta de gases estimada a partir do carbono
emitido instantâneamente por combustão no ato da passagem do fogo.
O total de gases
emitidos, equivalente a CO2, foi de
65.7-66.9 milhões de toneladas,
dependendo do cenário de baixa e alta emissão de gases-traço diferentes de CO2
(Tabela 9). Isto corresponde a 17,9-18,3 milhões de t C equivalente a CO2.
A maior parte destas emissões (67%) foi atribuída aos sistemas de seguindo-se
os ambientes antrópicos (3,3-3,4
milhões), as savanas (2,3 milhões) e os outros sistemas não-florestais
(0,2 milhões). O total médio destes valores equivale a 4,2-4,3 t vezes o
calculado por Fearnside (1997b) para Roraima, considerando todas as emissões
líquidas comprometidas para o ano de 1990 e todas as fontes/sumidouros de
carbono daquele ano (4,3-4,4 milhões de t C equivalente ao CO2).
*** Tabela
9 ***
Conclusão
Incêndios
florestais provocados por queimadas antrópicas na Amazônia em anos de grande
seca como o do episódio “El Niño” de Roraima em 1997/98, podem provocar a
emissão de grandes quantidades de gases do efeito estufa para a atmosfera.
Nossos resultados indicaram que as florestas primárias impactadas pelo fogo em
1997/98 emitiram 4,0-4,7 milhões de toneladas de C equivalente ao CO2.
Este valor supera os cálculos para emissões líquidas comprometidas totais do
ano de 1990 para Roraima, mesmo assumindo uma redução 25-34% nas estimativas
anteriores de biomassa por unidade de área florestal original. Levando em consideração que várias queimadas
penetram em florestas anualmente por toda a Amazônia, é possível prever que as
estimativas de carbono liberado anualmente pela região por distúrbios
florestais sejam maiores do que os 0,3 x 109
Gt/ano atualmemnte assumidos (Fearnside, 1997a,b; Nepstad et al., 1999).
A pressão antrópica, a ampliação das áreas pertubadas por desmatamentos,
pastagens, cultivos agrícolas e exploração florestal por corte seletivo nos
últimos 20 anos em Roraima, foram a fonte de ignição
que provocou a queima de 38.144-40.678 km2 de diferentes ambientes,
destacando-se os 11.394-13.928 km2
de florestas primárias atingidas pelo fogo. O evento "El Niño" apenas
maximizou os efeitos do aumento da atividade humana em sistemas florestais de
Roraima nos últimos anos, indicando que os riscos de ocorrerem incêndios desta
magnitude por toda a Amazônia podem ser maiores do que aquele imaginado há
pouco tempo.
Agradecimentos
Ademir J. dos
Santos, Antônio C. Catâneo e Jaime França, do IBAMA, Carlo Zacquini da Comissão
Pró-Yanomami (CCPY/RR) e o Conselho Indígena de Roraima (CIR) gentilmente
cederam horas de vôo de seus projetos para facilitar as medições de área
queimada via aérea. Rogério Gribel
(INPA), Jeanine Felfili (UnB), Ary T. O. Filho (U. F. de Lavras), Marco
Aurélio Fontes (U. F. de Lavras) e Marcelo T. Nascimento (UENF), se colocaram a
disposição cedendo gentilmente seus dados originais de campo para comparações
com nossa base de cálculos de mortalidade dos indivíduos nos sistemas
florestais. Viriato de Souza Cruz (ZEE/Roraima), operacionalizou todas as
medidas de área queimada com a cessão da utilização dos equipamentos e
"softwares" à disposição da Secretaria Executiva do ZEE/Roraima.
Thelma Krug e João Roberto dos Santos, ambos do INPE, colaboraram com trocas de
informações que facilitaram o ajuste final das áreas atingidas pelos incêndios.
Sebastião Pereira do Nascimento e Herundino Ribeiro do Nascimento (Convênio
INPA/GERR), colaboraram com as atividades de campo.
Literatura
Citada
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Lista de Figuras
Figura 1 - Área bruta dos sistemas
florestais e oligotróficos (campinas/campinaranas) atingida
pelos incêndios.
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Área (km2) de
floresta intacta atingida e efetivamente queimada, por zona de impacto
do
fogo (somatório de todos os blocos de queima).
Tabela 2 - Área original e área efetivamente queimada
dos tipos fitofisionômicos (naturais e
agroecossistemas) presentes em Roraima entre 1997/98.
Tabela 3 - Biomassa total estimada
por tipologia vegetal (t/ha) em Roraima.
Tabela 4 - Mortalidade de indivíduos
(n/ha) e de biomassa (t/ha) arbórea acima do solo
determinada
por três estudos realizados em Roraima no pós-incêndio.
Tabela 5 - Formação de carvão (t/ha)
superficial decorrente dos incêndios em sistemas florestais
de
Roraima (1997/98), por zona de intensidade e por bloco de queima
Tabela 6 - Eficiência de queimada
(%) por zona de intensidade de queima (florestal) e por tipo
paisagístico,
decorrente dos incêndios ocorridos em Roraima (1997/98).
Tabela 7 - Concentração de carbono
média (% C) presente nos principais componentes dos
sistemas
ecológicos de Roraima.
Tabela 8 - Destino do carbono
afetado pela queima de sistemas vegetais em Roraima (1997/98).
Tabela 9 - Emissão
bruta de gases do efeito estufa (por combustão), provenientes dos incêndios
em
Roraima entre 1997/98, com o total dos gases em equivalência ao CO2
em um
horizonte
de tempo de 100 anos.
Tabela 1 - Área (km2) de
floresta intacta atingida e efetivamente queimada, por zona de impacto |
|
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||||||||
|
do fogo (somatório
de todos os blocos de queima). |
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Área |
|
Descontos |
|
Área |
Fator de |
Área |
Fator de |
Área |
Zona de Impacto |
Atingida |
|
Outros |
|
Atingida |
Queima |
Efetivamente |
Queima |
Efetivamente |
|
do fogo |
Bruta |
Rios |
Ambientes |
Antropismos |
Líquida |
Médio |
Queimada |
Médio |
Queimada |
|
|
|
|
|
Naturais |
|
|
(1) |
|
(2) |
|
|
|
(km2) |
(km2) |
(km2) |
(km2) |
(km2) |
(%) |
(km2) |
(%) |
(km2) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Alto Impacto |
13687 |
120 |
981 |
1789 |
10797 |
85.1 |
9189 |
- |
- |
|
Médio Impacto |
6022 |
48 |
416 |
1145 |
4413 |
33.7 |
1487 |
- |
- |
|
Baixo Impacto |
1583 |
12 |
23 |
320 |
1229 |
7.3 |
90 |
- |
- |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total |
|
21292 |
180 |
1419 |
3253 |
16439 |
52.7 |
10766 |
80.9 |
13299 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Alto Impacto (SN) (3) |
2049 |
17 |
0 |
20 |
2012 |
31.2 |
628 |
- |
628 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Total |
|
23341 |
198 |
1419 |
3273 |
18451 |
- |
11394 |
|
13928 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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|
(1)
Cálculo considerando os fatores de queima determinados para cada bloco de
queima e, por zona de impacto do fogo. |
||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(2)
Cálculo considerando o fator de queima determinado pelo IBAMA (1998), para a
área total do incêndio em sistemas florestais. |
||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(3) SN
- área de tensão ecológica; contato savana / floresta sazonal. Foi determinada juntamente com os transectos |
||||||||||
realizados
nas savanas porque eles cortavam este tipo de paisagem. Este cálculo foi feito em separado. |
|
Tabela 2 - Área original e área efetivamente queimada
dos tipos fitofisionômicos (naturais e agroecossistemas) presentes |
|
|
|||||
|
em Roraima
entre 1997/98. |
|
|
|
|
|
|
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|
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Área 1997/98 (km2) |
(%) de área |
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Categoria |
Código |
Grupo |
Sub-grupo |
Classe |
|
|
queimada em |
|
|
|
|
|
Presente |
Efetivamente |
relação à área |
|
|
|
|
|
|
Queimada |
presente |
Floresta Densa |
|
|
|
|
|
|
|
|
Da-0 |
floresta ombrófila |
floresta densa |
aluvial |
2573 |
0 |
0.0 |
|
Db-0 |
floresta ombrófila |
floresta densa |
terras baixas |
7959 |
0 |
0.0 |
|
Dm-0 |
floresta ombrófila |
floresta densa |
|
21457 |
0 |
0.0 |
|
Ds-0 |
floresta ombrófila |
floresta densa |
submontana |
72821 |
2657 |
3.6 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total Floresta Densa |
|
|
|
104810 |
2657 |
2.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta Não-Densa |
|
|
|
|
|
|
|
|
As-0 |
floresta ombrófila |
floresta aberta |
submontana |
8197 |
4 |
0.0 |
|
Fs-0 |
floresta sazonal |
semidecídua |
submontana |
1286 |
485 |
37.7 |
|
ON-0 |
áreas de tensão ecológica e |
|
floresta ombrófila / floresta |
|
|
|
|
|
contato |
|
sazonal |
17230 |
7010 |
40.7 |
|
SN-0 |
áreas de tensão ecológica e |
|
|
|
|
|
|
|
contato |
|
savana / floresta sazonal |
1975 |
628 |
31.8 |
|
SO-0 |
áreas de tensão ecológica e |
|
|
|
|
|
|
|
contato |
|
savana / floresta ombrófila |
4456 |
215 |
4.8 |
|
LO-0 |
áreas de tensão ecológica e |
|
vegetação oligotrófica lenhosa |
|
|
|
|
|
contato |
|
de brejos e areais / floresta |
16674 |
394 |
2.4 |
|
|
|
|
ombrófila |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total Floresta Não-densa |
|
|
49817 |
8737 |
17.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Não-florestal |
|
|
|
|
|
|
|
|
Ld-0 |
vegetação oligotrófica lenhosa |
|
|
|
|
|
|
|
de brejos e areais |
|
arbórea densa |
12256 |
524 |
4.3 |
|
La-0 |
vegetação oligotrófica lenhosa |
|
|
|
|
|
|
|
de brejos e areais |
|
arbórea aberta |
134 |
0 |
0.0 |
|
Lg-0 |
vegetação oligotrófica lenhosa |
|
|
|
|
|
|
|
de brejos e areais |
|
gramíneo-lenhosa |
11573 |
864 |
7.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total Oligotróficas |
|
|
|
23962 |
1388 |
5.8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
rm-0 |
refúgio ecológico |
alta altitude |
|
205 |
32 |
15.5 |
|
Sg-0 |
savana |
cerrado |
gramíneo-lenhosa |
15004 |
7932 |
52.9 |
|
Sp-0 (2) |
savana |
cerrado |
parque |
12443 |
7329 |
58.9 |
|
Td-3 (2) |
savana estépica |
Campos de Roraima |
arbórea densa |
2313 |
1779 |
76.9 |
|
Tp-3 |
savana estépica |
Campos de Roraima |
parque |
8733 |
5511 |
63.1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total Savanas |
|
|
|
38697 |
22583 |
58.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
Antrópico (1) |
Rural |
pastagens |
|
|
3063 |
1538 |
50.2 |
|
|
capoeiras |
|
|
1699 |
854 |
50.3 |
|
|
cultivos agrícolas |
|
|
794 |
169 |
21.2 |
|
|
desmatamento/1998 |
|
|
220 |
220 |
100.0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sub-total Antrópicos |
|
|
|
5776 |
2780 |
48.1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Urbano |
cidades |
|
|
251 |
0 |
- |
|
|
|
|
|
|
|
|
Cursos d'água (3) |
|
|
|
|
1803 |
0 |
- |
|
|
|
|
|
|
|
|
Área Total (km2) |
|
|
|
|
225116 |
38144 |
16.9 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(1) Rural : considerado como
troca do uso da terra apenas em áreas de floresta principalmente das
tipologias Ds, ON, Fs, LO e As; Urbano: sedes municipais (distribuídas
da |
|||||||
seguinte forma: 5
para Ds; 4 para ON; 1 para LO; 1 para SN; 2 para Sg; 1 para Sp e 1 para Tp). Desmatamentos foi considerado |
|||||||
(2) Sp representa, a título de
cálculo, a soma de Sp com Sa e, Td representa, a título de cálculo, a soma de
Td com Ta. |
|
|
|||||
(3) Representa os principais
rios de Roraima |
|
|
|
|
|
|
Tabela 3 - Biomassa total
estimada por tipologia vegetacional (t/ha) em |
|
|
|
|
||||||
Roraima entre 1997/98. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Biomassa (t/ha) |
|
|
|
|
|
|
|
Categoria |
Código |
|
(2) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Acima do Solo |
Abaixo |
Total |
|
|
|
|
|
|
|
|
Viva |
Morta |
Viva |
|
|
|
|
|
|
Floresta Densa |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Da-0 |
275 |
21 |
47 |
343 |
|
|
|
|
|
|
Db-0 |
276 |
21 |
47 |
345 |
|
|
|
|
|
|
Dm-0 |
232 |
18 |
40 |
290 |
|
|
|
|
|
|
Ds-0 |
261 |
20 |
45 |
326 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Pond. Floresta Densa |
257 |
20 |
44 |
320 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta Não-Densa |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
As-0 |
226 |
17 |
39 |
283 |
|
|
|
|
|
|
Fs-0 |
226 |
17 |
39 |
283 |
|
|
|
|
|
|
ON-0 |
226 |
17 |
39 |
283 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SN-0 |
158 |
12 |
27 |
197 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SO-0 |
158 |
12 |
27 |
197 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
LO-0 |
234 |
32 |
40 |
306 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Pond. Floresta Não-densa |
220 |
22 |
38 |
279 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Não-florestal |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ld-0 |
39.8 |
7.8 |
69.0 |
117 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
La-0 |
33.8 |
5.0 |
21.3 |
60 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Lg-0 |
5.8 |
3.7 |
42.0 |
52 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Pond. Oligotróficas |
23.3 |
5.8 |
55.7 |
85 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
rm-0 |
2.7 |
0.4 |
10.0 |
13 |
|
|
|
|
|
|
Sg-0 |
2.9 |
0.4 |
10.9 |
14 |
|
|
|
|
|
|
Sp-0 |
5.4 |
0.6 |
20.3 |
26 |
|
|
|
|
|
|
Td-3 |
26.1 |
2.9 |
66.5 |
95 |
|
|
|
|
|
|
Tp-3 |
5.2 |
0.4 |
13.3 |
19 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Pond. Savanas |
5.6 |
0.6 |
17.8 |
24 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Antrópico |
Rural |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
pastagens (1) |
11.2 |
65.5 |
12.2 |
89 |
|
|
|
|
|
|
capoeiras |
30.9 |
112.4 |
22.8 |
166 |
|
|
|
|
|
|
cultivos agrícolas |
0.4 |
59.3 |
9.5 |
69 |
|
|
|
|
|
|
desmatamento/1998 |
0.0 |
271.2 |
43.2 |
314 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Pond. Antrópicos |
15.1 |
86.3 |
16.1 |
117 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Urbano |
- |
- |
- |
- |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cursos d'água |
(3) |
- |
- |
- |
- |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Área Total (km2) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(1) Média de 2 pastagens na
região do Apiaú/RR. Viva acima do solo é o somatório de capim com pequenas
ervas e arbustos. |
||||||||||
Morta acima do solo, compreende todo e
qualquer material vegetal acima do solo pertencente a
massa do pasto e a massa |
||||||||||
do antigo uso florestal (troncos, por
exemplo). (Barbosa & Fearnside, 1996). |
|
|
|
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(2) Metodologia para obtenção
da Biomassa (Viva e Morta) Acima e Abaixo do Solo. |
|
|
|
|||||||
Da - Método de Expansão de Volume de
Brown & Lugo (1992) aliado aos fatores de ajustes de Fearnside (1992),
modificados para massa morta acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
Db - Método de Expansão de Volume de
Brown & Lugo (1992) aliado aos fatores de ajustes de Fearnside (1992),
modificados para massa morta acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
Dm - Método de Expansão de Volume de
Brown & Lugo (1992) aliado aos fatores de ajustes de Fearnside (1992),
modificados para massa morta acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
|
(foram ponderados
dois valores: a) planalto sedimentar Roraima (10,7%) e b) montanhosa do
Parima (89,3%)). |
|||||||||
Ds - Método de Expansão de Volume de
Brown & Lugo (1992) aliado aos fatores de ajustes de Fearnside (1992),
modificados para massa morta acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
|
(foram utilizados dois valores
(média simples): a) baixa cadeia de montanha do Complexo Guianense e b) sup.
dissec. do Complexo Guianense). |
|||||||||
As - Por falta de referências
locais, utilizou-se o mesmo valor determinado para ON. |
|
|
|
|||||||
Fs - Por falta de referências
locais, utilizou-se o mesmo valor determinado para ON |
|
|
|
|||||||
ON - Método de Expansão de Volume de Brown & Lugo (1992) aliado
aos fatores de ajustes de Fearnside (1992), modificados para massa morta
acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
SN - Método de Expansão de Volume de
Brown & Lugo (1992) aliado aos fatores de ajustes de Fearnside (1992),
modificados para massa morta acima e viva abaixo do solo |
||||||||||
SO - Por falta de referências,
utilizou-se o valor determinado para SN. |
|
|
|
|
||||||
|
(foi modificado a partir dos
valores obtidos para "La" (RADAM), e comparado aos resultados
encontrados por Silva (1993)) |
|||||||||
LO - Utilizado como a média de três
valores para compor a biomassa viva e morta acima do solo: a) expansão de
volume; b) "Bana Alta" (Tall Amazon Caatinga), |
||||||||||
|
na Venezuela, por
Bongers et al. (1985) e c) Caatinga
Amazônica, na Venezuela, por Klinge & Herrera (1983). Para a biomassa
abaixo do solo, |
|||||||||
|
utilizou-se a média de todo o
restante do grupo, para formar a porcentagem em relação à biomassa viva acima
do solo. |
|||||||||
Ld - Por falta de referências
locais, utilizou-se o valor determinado para "Bana Baixa" (Low
Amazon Caatinga), na Venezuela, de Bongers et al. (1985) |
||||||||||
La - Obtido a partir do trabalho de campo de Cavalcanti
& Higuchi (com. pess.) no sul de Roraima na paisagem denominada como
"Campina/Campinarana" |
||||||||||
|
Os valores de Peso Fresco dos
referidos autores foram ajustados para Peso Seco, segundo metodologia de
Carvalho et al. (1995) e Higuchi et al. (1997). |
|||||||||
|
A correção de massa de outros
componentes foi feito pelas médias obtidas de"outros
componentes" de Bongers et al (1985), para "Bana". |
|||||||||
Lg - Por falta de referências
locais, utilizou-se o valor determinado para "Bana Aberta" (Open
Amazon Caatinga), na Venezuela, de Bongers et al. (1985) |
||||||||||
rm - Estimativa baseada no estrato rasteiro das
paisagens Sg, Sp e Tp. |
|
|
|
|
||||||
Sg - Biomassa acima do solo (morta e
viva) segundo Barbosa (1998) e, biomassa abaixo do solo, assumida como a
média obtida dos resultados encontrados por |
||||||||||
|
Castro & Kauffman (1998),
para "campo limpo" e "campo sujo" à 2m de profundidade,
próximo de Brasília (3,78 vezes a massa viva acima do solo) |
|||||||||
Sp (e Sa)- Biomassa acima do solo
(morta e viva) segundo Barbosa (1998) e, biomassa abaixo do solo, assumida
como a média obtida dos resultados encontrados por |
||||||||||
|
Castro & Kauffman (1998),
para "campo limpo" e "campo sujo" à 2m de profundidade,
próximo de Brasília (3,78 vezes a massa viva acima do solo) |
|||||||||
Tp - Biomassa acima do solo (morta e
viva) segundo Barbosa (1998) e, biomassa abaixo do solo, assumida como a
média obtida dos resultados encontrados por |
||||||||||
|
Castro & Kauffman (1998),
para "cerrado aberto" e "cerrado denso" a 2m de
profundidade, próximo de Brasília (2,55 vezes a massa viva acima do solo) |
|||||||||
Td (e Ta)- Assumido o valor de
Fearnside (s/d) - 29 t/ha para biomassa acima do solo e, particionando este
valor (vivo e morto), pela média dos demais valores de |
||||||||||
|
cerrado
encontrados na tabela. Para biomassa
abaixo do solo, o método foi o mesmo adotado para Tp. |
|||||||||
Pastagem - Biomassa viva acima do
solo é o resultado da média simples de duas amostragens realizadas na região
do Apiaú/RR (Barbosa & Fearnside, 1996) |
||||||||||
|
(o valor para
biomassa morta acima do solo foi considerado o mesmo do determinado para
capoeira - ambos os sistemas são provenientes de desmatamento; |
|||||||||
|
por ser uma paisagem
resultante de desmatamento, a biomassa abaixo do solo foi considerada como
uma média da biomassa abaixo do solo de todos |
|||||||||
|
os sistemas florestais). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Capoeira - Biomassa acima do solo é
assumida como o valor determinado para "capoeira" de 6-7 anos na
região do Apiaú/RR (Fearnside et al., sd). |
||||||||||
|
(biomassa morta
foi considerada como "remanescente da floresta original" no mesmo
estudo e, biomassa abaixo do solo é a mesma relação descrirta |
|||||||||
|
para pastagem). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cultivos Agrícolas
- Assumido como o mesmo apresentado por Fearnside (1997a) para
"farmland". |
|
|||||||||
|
(o valor para
biomassa morta acima do solo foi considerado como uma média simples entre a
massa morta acima do solo de pastagens e capoeiras e, |
|||||||||
|
a biomassa viva de
novos desmatamentos - todos considerados ambientes transformados) |
|
||||||||
Desmatamento do Período -
Considerado como a biomassa presente no momento da derrubada. Foi determinado
como uma ponderação dos valores determinados para Ds, |
||||||||||
|
ON, Fs, LO e As. A biomassa
morta acima do solo é o conjunto deste cálculo mais o litter (fino e grosso)
pré-existente. |
Tabela 4 - Mortalidade de
indivíduos (n/ha) e de biomassa (t/ha) arbórea acima do solo |
|
|
|||||||||
determinada por três estudos
realizados em Roraima no pós-incêndio. |
|
|
|
|
|||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Classes
Diamétricas Simplificadas (cm) |
Média Arbórea |
|
|
|||||
Parâmetros |
|
|
|
|
|
|
Acima Solo |
|
|
||
|
|
< 5 |
5-10 |
> 10 |
|
Bio. |
FONTE |
||||
|
|
n/ha |
t/ha |
n/ha |
t/ha |
n/ha |
t/ha |
n/ha |
t/ha |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ind/Bio Total (1) |
2120 |
5.6 |
307 |
19.9 |
585 |
219.7 |
3011 |
245.2 |
|
|
|
Mortas |
|
1933 |
3.0 |
240 |
2.8 |
46 |
17.4 |
2219 |
23.3 |
Este Estudo |
|
(%) mortalidade |
91.2 |
54.2 |
78.3 |
14.1 |
7.9 |
7.9 |
73.7 |
9.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ind/Bio Total (2) |
|
|
340 |
|
425 |
|
|
|
|
|
|
Mortas |
|
|
|
122 |
3.0 |
68 |
16.1 |
|
|
Santos et al. (1998) |
|
(%) mortalidade |
|
|
35.9 |
|
16.0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ind/Bio Total |
|
|
|
|
616 |
|
|
|
|
|
|
Mortas |
|
|
|
|
|
50 |
|
|
|
IBAMA (1998) |
|
(%) mortalidade |
|
|
|
|
8.1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(1)
Para DAP > ou = 10cm; localidades do Apiaú/Ribeiro Campos,
Trairão/Tepequém e Paredão |
|
|
|||||||||
Para DAP < 10cm; localidade do
Apiaú/Ribeiro Campos |
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||||||
(2) Região do Apiaú/Mucajaí |
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(3)
Inclui palmeiras. Avaliação das áreas do arco do incêndio formado pelas
regiões do Roxinho, Caracaraí, |
|
||||||||||
Apiaú, Pacaraima e Trairão. |
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Tabela 5 - Formação de carvão
(t/ha) superficial decorrente dos incêndios em sistemas |
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florestais de Roraima
(1997/98), por zona de intensidade e por bloco de queima. |
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||||||
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Categoria de |
Média |
Área Efetivamente Queimada dentro
de Cada Bloco (2) |
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Intensidade de |
Simples
por |
|
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|
|
Queima Florestal |
Intensidade |
Bloco 1 |
Bloco 2 |
Bloco 3 |
Total |
|
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|
(kg/ha) |
(km2) |
(km2) |
(km2) |
|
|
|
|
|
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|
ALTA (1) |
258.7 |
1208 |
5278 |
2702 |
9817 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
MÉDIA |
51.3 |
793 |
459 |
235 |
1487 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
BAIXA |
9.8 |
51 |
27 |
11 |
90 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média Ponderada |
|
|
|
|
|
|
|
por Bloco |
- |
172.3 |
241.0 |
241.2 |
229.7 |
|
|
(kg de carvão/ha) |
|
|
|
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|
|
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|
(1) Ponderamos o valor da zona
de alta intensidade de queima porque 6 quadras foram |
|
||||||
coletadas em locais de terra-firme (173,9
kg/ha em 84% da área afetada) e 5 em locais |
|
||||||
de pé-de-serra (707,3 kg/ha ou 16% da área
afetada). |
|
|
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
(2) O valor aqui utilizado foi
o determinado pelo método das zonas de impacto do fogo |
|
|
|||||
(11.394 km2). |
|
|
|
|
|
|
|
Tabela 6 - Eficiência de
queimada (%) por zona de intensidade de queima (florestal) e por tipo
paisagístico, |
||||||||||||
decorrente dos incêndios
ocorridos em Roraima (1997/98). |
||||||||||||
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|
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|
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|
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|
|
|
|
|
|
|
|
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|
|
|
|
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|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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|
|
|
|
Litter
Fino |
|
Litter Grosso |
|
Outros Componentes |
||||||
Categoria |
Código |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Baixa |
Média |
Alta |
|
Baixa |
Média |
Alta |
|
Baixa |
Média |
Alta |
|
Da-0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Db-0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Dm-0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta |
Todas as |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
(Densa e Não Densa) (1) |
Tipologias |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta Não-Densa |
Todos |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
As-0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Fs-0 |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
ON-0 |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SN-0 |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SO-0 |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
LO-0 |
69.3 |
83.4 |
97.6 |
|
4.5 |
39.2 |
73.8 |
|
4.5 |
28.0 |
51.5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Não-florestal (2) |
Ld-0 |
- |
- |
83.4 |
|
- |
- |
39.2 |
|
- |
- |
28.0 |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
La-0 |
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
Lg-0 |
- |
- |
85.5 |
|
- |
- |
22.6 |
|
- |
- |
59.4 |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
- |
- |
|
|
rm-0 |
- |
- |
85.5 |
|
- |
- |
22.6 |
|
- |
- |
59.4 |
|
Sg-0 |
- |
- |
81.9 |
|
- |
- |
18.6 |
|
- |
- |
80.9 |
|
Sp-0 |
- |
- |
84.2 |
|
- |
- |
22.9 |
|
- |
- |
63.7 |
|
Td-3 |
- |
- |
85.5 |
|
- |
- |
22.6 |
|
- |
- |
59.4 |
|
Tp-3 |
- |
- |
90.4 |
|
- |
- |
26.3 |
|
- |
- |
33.7 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Antrópico |
Pastagem |
- |
- |
45.6 |
|
- |
- |
11.9 |
|
- |
- |
82.1 |
|
Capoeira |
- |
- |
91.3 |
|
- |
- |
31.6 |
|
- |
- |
80.0 |
|
Cultivo Agrícola |
- |
- |
91.3 |
|
- |
- |
21.8 |
|
- |
- |
81.1 |
|
Desmatamento (3) |
- |
- |
97.6 |
|
- |
- |
30.0 |
|
- |
- |
75.7 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Urbano |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cursos d'água |
(3) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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|
|
Área Total (km2) |
|
|
|
|
|
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|
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|
|
|
|
|
|
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|
|
|
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|
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|
(1)
Consideramos uma média geral para todos os tipos de sistemas florestais. |
||||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(2)
Para os sistemas não florestais, nós levamos em consideração os valores
determinados para as savanas locais e |
||||||||||||
estimamos
para as regiões oligotróficas em função da massa presente em cada sistema. |
||||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(3) A
eficiência de combustão para litter grosso e outros componentes em
"desmatamento" foi considerada como o mesmo valor |
||||||||||||
observado
em Altamira por Fearnside et al. (1999). Para litter fino,
utilizamos a média simples dos resultados encontrados |
||||||||||||
pelos
mesmos autores em Manaus e Altamira. |
||||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(4) Os
sistemas não-florestais e antrópicos foram considerados como estando sempre
em zonas de alta intensidade porque não |
||||||||||||
havia
como diferenciá-los em outras categorias devido ao grande impacto que o fogo
provocou nestes sistemas. |
Tabela 7 - Concentração de
carbono média (% C) presente nos principais componentes |
||||||
dos sistemas ecológicos de
Roraima. |
|
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|
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|
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|
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|
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|
Árvores Mortas |
Litter |
Outros |
Carvão |
|
Categoria |
Código |
(acima e abaixo |
(fino+grosso) |
Componentes |
(Estoque de |
|
|
|
do solo) |
|
|
Longo Prazo) |
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta |
Todas as |
48.2 |
39.8 |
48.2 |
64.4 |
|
|
Da-0 |
|
|
|
|
|
|
Db-0 |
|
|
|
|
|
|
Dm-0 |
|
|
|
|
|
(Densa e Não-densa) |
Tipologias |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Floresta Não-Densa |
|
|
|
|
|
|
|
As-0 |
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
Fs-0 |
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
ON-0 |
|
|
|
|
|
|
|
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
SN-0 |
|
|
|
|
|
|
|
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
SO-0 |
|
|
|
|
|
|
|
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
LO-0 |
|
|
|
|
|
|
|
48.15717134 |
39.826 |
48.15717134 |
64.44849557 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Não-florestal |
Ld-0 |
48.2 |
39.8 |
48.2 |
64.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
La-0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Lg-0 |
46.1 |
38.3 |
39.6 |
64.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
rm-0 |
46.1 |
38.3 |
39.6 |
64.4 |
|
|
Sg-0 |
46.1 |
32.3 |
35.8 |
64.4 |
|
|
Sp-0 |
46.1 |
40.6 |
41.6 |
64.4 |
|
|
Td-3 |
46.1 |
38.3 |
39.6 |
64.4 |
|
|
Tp-3 |
46.1 |
42.1 |
41.2 |
64.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
Antrópico |
Pastagem |
44.5 |
47.8 |
43.8 |
64.4 |
|
|
Capoeira |
44.5 |
42.9 |
45.5 |
63.2 |
|
|
Cultivo Agrícola |
44.5 |
45.4 |
44.6 |
63.8 |
|
|
Desmatamento |
44.5 |
45.4 |
44.6 |
63.8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Urbano |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cursos d'água |
(3) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Área Total (km2) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tabela 8 - Destino do carbono
afetado pela queima de sistemas vegetais em Roraima |
|
|
||||||
(1997/98). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sistema |
Combustão |
|
Carvão |
|
Decomposição |
|
Total |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(106 t) |
(%) |
(106 t) |
(%) |
(106 t) |
(%) |
(106 t) |
(%) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Florestas |
12.78 |
66.6 |
0.19 |
35.9 |
19.93 |
75.7 |
32.90 |
71.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Savanas |
2.63 |
13.7 |
0.0006 |
0.1 |
4.94 |
18.8 |
7.57 |
16.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Outros Sistemas |
0.27 |
1.4 |
0.0003 |
0.1 |
0.99 |
3.8 |
1.26 |
2.7 |
Não-florestais |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Antrópicos |
3.52 |
18.4 |
0.33 |
64.0 |
0.48 |
1.8 |
4.34 |
9.4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Total |
19.19 |
41.7 |
0.52 |
1.1 |
26.34 |
57.2 |
46.06 |
100.0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(1)
Combustão= emissão instantânea no ato da passagem do fogo; carvão= carvão
formado pela combustão |
||||||||
incompleta
do material vegetal; decomposição= material que morreu e entrou em processo
de decomposição |
||||||||
após a
passagem do fogo. |
|
|
|
|
|
|
|
Tabela 9 - Emissão
bruta de gases do efeito estufa (por combustão) provenientes dos incêndios em
Roraima entre |
|
|
|||||||||||
1997/98, com o total dos gases
em equivalência ao CO2 em um horizonte de tempo de 100 anos. |
|
|
|
|
|||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Baixo Cenário |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Contribuição |
|
|
|
Florestas |
Savanas |
Out. Siste. |
Antrópicos |
Total |
Florestas |
Savanas |
Out. Siste. |
Antrópicos |
Total |
de cada |
|
Gás |
GWP |
Intactas |
|
Ñ.-florestais |
|
Intactas |
|
Ñ.-florestais |
|
gás |
|
||
|
(1) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Em 106
t de gás emitido |
|
Em 106
t de gás equivalente a CO2 |
|
(%) |
|
|||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
CO2 |
1 |
41.12 |
8.37 |
0.86 |
11.34 |
61.70 |
41.12 |
8.37 |
0.86 |
11.34 |
61.70 |
93.58 |
|
CH4 |
21 |
0.13 |
0.01 |
0.00 |
0.04 |
0.18 |
2.79 |
0.20 |
0.02 |
0.77 |
3.78 |
5.74 |
|
CO |
0 |
3.18 |
0.36 |
0.04 |
0.88 |
4.46 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
N2O |
310 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.001 |
0.31 |
0.05 |
0.00 |
0.09 |
0.45 |
0.68 |
|
NOx |
0 |
0.04 |
0.01 |
0.00 |
0.01 |
0.06 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
NMHC |
0 |
0.61 |
0.02 |
0.00 |
0.05 |
0.69 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Total
de gás equivalente a CO2 |
|
|
|
44.2 |
8.6 |
0.9 |
12.2 |
65.9 |
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
C equivalente a CO2 |
|
|
|
|
12.1 |
2.4 |
0.2 |
3.3 |
18.0 |
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Alto Cenário |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Contribuição |
|
|
|
Florestas |
Savanas |
Out. Siste. |
Antrópicos |
Total |
Florestas |
Savanas |
Out. Siste. |
Antrópicos |
Total |
de cada |
|
Gás |
GWP |
Intactas |
|
Ñ.-florestais |
|
Intactas |
|
Ñ.-florestais |
|
gás |
|
||
|
(1) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Em 106
t de gás emitido |
|
Em 106
t de gás equivalente a CO2 |
|
(%) |
|
|||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
CO2 |
1 |
41.12 |
8.37 |
0.86 |
11.34 |
61.70 |
41.12 |
8.37 |
0.86 |
11.34 |
61.70 |
91.93 |
|
CH4 |
21 |
0.16 |
0.02 |
0.00 |
0.04 |
0.22 |
3.33 |
0.35 |
0.04 |
0.92 |
4.63 |
6.90 |
|
CO |
0 |
3.98 |
0.48 |
0.05 |
1.10 |
5.61 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
N2O |
310 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.003 |
0.56 |
0.06 |
0.01 |
0.15 |
0.78 |
1.17 |
|
NOx |
0 |
0.06 |
0.01 |
0.00 |
0.02 |
0.09 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
NMHC |
0 |
0.61 |
0.02 |
0.00 |
0.05 |
0.69 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
0.00 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Total
de gás equivalente a CO2 |
|
|
|
45.0 |
8.8 |
0.9 |
12.4 |
67.1 |
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
C equivalente a CO2 |
|
|
|
|
12.3 |
2.4 |
0.2 |
3.4 |
18.3 |
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
(1)
GWP=Potencial de aquecimento global (é um valor determinado
pelo IPCC para dar peso aos gases-traço em um horizonte de tempo |
|||||||||||||
de 100 anos) |
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|
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|
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|
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|
(2) Os
Baixo e Alto Cenários são relativos ao peso dado ao gases-traço
diferentes de CO2. |
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|||||||||
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|
(3) Os
fatores de emissão que determinam a fração de carbono que corresponde a uma
quantidade qualquer de gás emitida foram retirados |
|||||||||||||
de:
(a) florestas e desmatamentos: Fearnside (1997a) e IPCC/OECD (1997); (b)
savanas e outros sistemas não-florestais: Hurst et al. (1996) |
|||||||||||||
e IPCC/OECD (1994). |
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